REFLEXÕES ACERCA DE RELIGIÕES
Escrito em 1899
Não é possível reformar estas pessoas com panfletos ou conversas. Não é possível reformar essas pessoas com orações e credos. A paixão é e sempre foi surda. As armas da reforma são substancialmente inúteis. Criminosos, prostitutas, mendigos e malogros aumentam em número diariamente.
As prisões, os asilos e os abrigos para os pobres estão lotados. A religião está com as mãos atadas. A lei pode punir, mas não pode reformar criminosos e tampouco prevenir o crime. A maré do vício está subindo. A guerra que está sendo travada contra as forças do mal é tão vã quanto a guerra dos vaga-lumes contra a escuridão da noite.
Há apenas uma esperança. A ignorância, a pobreza e o vício precisam parar de povoar o mundo. Isso não pode ser feito pela moral. Isso não pode ser feito através de discursos ou exemplos. Isso não pode ser feito pela religião ou pela lei, por padres ou carrascos. Isso não pode ser feito através da força, seja física ou moral.
Para alcançar tal objetivo há apenas um modo. A Ciência deve tornar a mulher a dona, a senhora de sí mesma. A Ciência é a única possível solução, ela deve conceder à mulher o poder de decidir por sí mesma se deseja ou não se tornar mãe. Isso soluciona toda a questão. Isso liberta a mulher. Os bebês que nascerem serão bem-vindos. Serão embalados com toda a felicidade. Encherão os lares de luz e felicidade.
Indivíduos que acreditam que escravos são mais livres são mais puros e verdadeiros que os homens emancipados, que acreditam ser o medo um guia mais seguro que o conhecimento, que apenas os que obedecem ordens alheias são verdadeiramente bons e que a ignorância é o solo no qual a perfeição, a cheirosa flor da virtude cresce, irão cobrir suas faces chocadas com suas mãos em protesto.
Indivíduos que pensam: a luz é inimiga da virtude, que a pureza jaz na escuridão, pois é perigoso os seres humanos conhecerem-se a sí mesmos e os fenômenos naturais que afetam seu bem-estar, ficarão horrorizados com a idéia de fazer da inteligência o mestre da paixão.
Contudo, anseamos pelo dia em que homens e mulheres, guiados pela sua noção das consequências futuras, pela moralidade nascida da inteligência, se recusarão a perpetuar aflições e dores, se recusarão a abarrotar o mundo com malogros. Chegando este tempo, cairão as paredes das prisões, os calabouços serão inundados de luz e a sombra do patíbulo não mais amaldiçoará a terra. A pobreza e o crime não se perpetuarão. As mãos magras da necessidade não mais se estenderão por esmolas. Tudo isso se tornará poeira. O mundo será inteligente, virtuoso e livre.
As prisões, os asilos e os abrigos para os pobres estão lotados. A religião está com as mãos atadas. A lei pode punir, mas não pode reformar criminosos e tampouco prevenir o crime. A maré do vício está subindo. A guerra que está sendo travada contra as forças do mal é tão vã quanto a guerra dos vaga-lumes contra a escuridão da noite.
Há apenas uma esperança. A ignorância, a pobreza e o vício precisam parar de povoar o mundo. Isso não pode ser feito pela moral. Isso não pode ser feito através de discursos ou exemplos. Isso não pode ser feito pela religião ou pela lei, por padres ou carrascos. Isso não pode ser feito através da força, seja física ou moral.
Para alcançar tal objetivo há apenas um modo. A Ciência deve tornar a mulher a dona, a senhora de sí mesma. A Ciência é a única possível solução, ela deve conceder à mulher o poder de decidir por sí mesma se deseja ou não se tornar mãe. Isso soluciona toda a questão. Isso liberta a mulher. Os bebês que nascerem serão bem-vindos. Serão embalados com toda a felicidade. Encherão os lares de luz e felicidade.
Indivíduos que acreditam que escravos são mais livres são mais puros e verdadeiros que os homens emancipados, que acreditam ser o medo um guia mais seguro que o conhecimento, que apenas os que obedecem ordens alheias são verdadeiramente bons e que a ignorância é o solo no qual a perfeição, a cheirosa flor da virtude cresce, irão cobrir suas faces chocadas com suas mãos em protesto.
Indivíduos que pensam: a luz é inimiga da virtude, que a pureza jaz na escuridão, pois é perigoso os seres humanos conhecerem-se a sí mesmos e os fenômenos naturais que afetam seu bem-estar, ficarão horrorizados com a idéia de fazer da inteligência o mestre da paixão.
Contudo, anseamos pelo dia em que homens e mulheres, guiados pela sua noção das consequências futuras, pela moralidade nascida da inteligência, se recusarão a perpetuar aflições e dores, se recusarão a abarrotar o mundo com malogros. Chegando este tempo, cairão as paredes das prisões, os calabouços serão inundados de luz e a sombra do patíbulo não mais amaldiçoará a terra. A pobreza e o crime não se perpetuarão. As mãos magras da necessidade não mais se estenderão por esmolas. Tudo isso se tornará poeira. O mundo será inteligente, virtuoso e livre.