As escolas ou as diversas correntes por elas seguidas, apresentavam uma diversidade de ações. O exemplo disso, podemos citar a de Isócrates, um orador brilhante, era muito respeitado na eloqüência, sendo a arte da boa expressão oral. Entre esse espaço educativo desse período e, as escolas multitemáticas que contemplam as disciplinas básicas atuais, (Matemática, Ciências, História, Geografia), somente irão ser formatadas entre os séculos XIX e XX.
Segundo a literatura, as primeiras formas de ensino surgiram a aproximadamente 4.000 a.C., com os Súmérios. O sumerianos estabeleceram-se ao norte do Golfo Pérsico, na embocadura do rio Tigre e Eufrates. Alguns estudiosos da temática acreditam que pertencessem a uma etnia vizinha dos egípcios. Seu legado e sua importância à humanidade tem como referencial o período por volta de 3.200 aC., pois já tinham uma escrita construída com desenhos, mais primitiva que a dos egípcios (hieróglifos). A escrita sumeriana era traçada com uma ponta de bambu, ou outro material consistente, em blocos de argila, que após os sinais impressos eram cozidas no forno. Com o transcorrer do tempo e as necessidades preexistentes, esses ideogramas ou pictogramas foram substituídos por sinais que representavam sílabas que possuíam sons e sílabas. A representação de objetos para a comunicação escrita já era uma etapa superada. Essa criação desse povo mesopotâmico, por sua grafia ficar semelhante a cunhas denominou-se a chamada escrita cuneiforme.[1] O saber escrever era ensinado em casa de pai para filho. A invenção da escrita possibilitou aos sumérios o armazenamento do conhecimento e a possibilidade de transferi-lo a outros. Esse exercício propiciou à criação de escolas, à educação, bem como a oficialização da Matemática, Religião, Burocracia, divisão de trabalho e o sistema de classes sociais.
O desenvolvimento humano acontece das mais variadas formas e como a escola é um produto cultural, não poderia ser diferente. O filósofo Platão[2] por volta de 378 a.C., elaborou uma espécie de escola onde se estudavam disciplinas como Filosofia e Matemática por meio de questionamentos. Esse protótipo escolar ficava nos jardins de Academo,[3] na cidade grega de Atenas, daí o termo academia.
A procura pelo saber e os desafios que dele emanam exigem ações para solucionarem problemas imediatos. A educação ensino-aprendizagem sempre teve seu lugar de destaque no meio social. Esse conhecimento poderia e pode ser adquirido na rede pública ou particular, ou até, contratando professores para desempenharem tais atividades. Reportamo-nos ao ano de 343 a.C., nas famílias mais ricas e abastadas gregas era absolutamente normal, pagar-se um preceptor, um mestre com mais conhecimentos que conduzisse as crianças nos estudos. Aristóteles, nessa época foi o orientador de Alexandre[4], O Grande, rei da Macedônia.
As primeiras escolas são idealizadas por volta do século IV a.C. Eram locais onde mestres ensinavam gramática, excelência física, música, poesia, eloqüência oral, mas não existiam salas de aulas no sentido atual. Esse tipo de ensinamentos perdurou por muito tempo até transformarem-se em escolas modernas.
O século IX nos dá um alento cultural, com relação a capacidade do ser humano em promover e construir conhecimentos acerca de existência, confirmando que é capaz de elaborar e organizar seus próprios recursos para aprimorar seu pensamento, enquanto produtor de cultura.As fontes bibliográficas registram a Universidade de Karueein, na cidade de Fez, no Marrocos, no continente africano considerada a primeira do planeta no sentido moderno do termo. Uma instituição dividida em departamentos com conhecimento de diferentes áreas.
Essa universidade é parte de uma mesquita (lugar de adoração do islamismo), fundada no ano de 859, por Fátima Al-Fihria, filha de um comerciante chamado Mohammed Al-Fihria. Provavelmente essa família teria migrado de Kairouan, Tunísia para Fez no início do século IX, juntamente com uma comunidade de outros comerciantes. Fátima e sua irmã Miriam, herdaram muito dinheiro de seu pai. A mais velha delas, fez uma promessa de gastar toda a sua herança na construção de uma mesquita para sua comunidade. O que havia sido prometido foi cumprido. Pois além do local de adoração, também foi criado um espaço para instruções religiosas e discussão política, paulatinamente estendendo sua educação em vários assuntos, especificamente, às ciências naturais.
A trajetória cultural da humanidade continua seus avanços e, no século XII aparecem na Europa as primeiras escolas no moldes daquelas que conhecemos atualmente. Isto é, com crianças Nas carteiras e professores em salas de aula. Esse aparato educacional eram obras de instituições de caridade católicas, que tinham como principais objetivos, ensinar a ler, escrever, contar e paralelamente a essas atividades gradativamente transmitiam lições do catecismo.
O imperador do Sacro Império Romano-Germânico Frederico Barba Ruiva funda em 1158 a Universidade de Bolonha, na Itália. A origem dela está intimamente ligada à educação religiosa. Ela foi a primeira da Europa. Na maior parte do continente, o conhecimento era restrito ao clero. Nessa particularidade ela era a exceção.
Os seres humanos em todos os quadrantes do planeta procuram solucionar seus problemas educacionais, de aprendizagem e conhecimento criando instituições educacionais que apontem caminhos diferenciados e corretos para uma educação qualificativa. Atravessemos pois o oceano Atlântico, no período conhecido e denominado por alguns autores de “Grandes Navegações”, e chegamos ao Brasil. O ano em curso é o de 1549, quando, em Salvador é fundada a primeira escola, por um grupo de jesuítas, fundando também a segunda em 1554 na localidade mais tarde conhecida como Estado de São Paulo. Esse ano também marca a data da fundação da cidade. Nessa escola inicial ensinava-se ler, escrever, matemática e a doutrina católica.
Próximo do final do século XVIII, no Brasil, por solicitação do Imperador é criada a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, que, com o transcorrer do tempo, foi agregando outras especialidades e acabou tornando-se a Escola Politécnica da Universidade do Rio de Janeiro. Ressaltamos, essa dominação ela somente ostentará na segunda década do século XX.
A Europa no início do século XIX, vivia uma intensa agitação política em função de um Imperador almejar o domínio de vários paises. Esse intento tinha como autoridade máxima Napoleão Bonaparte[5], da França. Essa movimentação em solo europeu, obrigou em 1808, Dom João VI, autoridade máxima de Portugal, transformar a colônia portuguesa na América, como sede central do Governo português. Essa mudança brusca de certa maneira, foi benéfica ao Brasil da época. Pois o governande funda a primeira Faculdade do Brasil, a de medicina na Bahia. Lá formou-se a primeira médica em território nacional, Rita Lobato Velho Lopes. Sua formatura ocorreu no ano de 1887.
Dezenove anos após a chegada Família Real no Brasil, (1827), surge no território brasileiro, por iniciativa de Dom Pedro I, as duas primeiras faculdade de Direito, a de Olinda e a do Largo São Francisco em São Paulo. Essa última formou os presidentes brasileiros Washington Luiz e Jânio Quadros.
A formação educacional das pessoas continua e muitas alternativas são solidificadas, outras são criadas e os sujeitos continuam suas corridas incansáveis para a busca de conhecimento. Adentramos o século XX e é fundada a Universidade Federal do Paraná (1912). A primeira em território Nacional a surgir com esse status.
[1] Foi desenvolvida pelos sumérios e é a designação geral dada a certos tipos de escrita feitas com auxílio de objetos em formato de cunha. É, juntamente com os hieróglifos egípcios, o mais antigo tipo conhecido de escrita, tendo sido criado pelos sumérios por volta de 3500 a.C.
[2] Nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental.
[3] Era um herói da mitologia grega, cujo túmulo dava nome a um bosque, onde futuramente foi contruída a célebre Academia de Platão, próximo à cidade de Atenas.
[4] Uma das personalidades mais fascinantes da história. Responsável pela construção de um dos maiores impérios que já existiu.
[5] Nasceu na Córsega, no ano 1769. Ainda muito jovem, com somente dez anos de idade, seu pai o enviou para a França para estudar em uma escola militar. Apesar de todas os desafios que encontrou por lá, sempre manteve muito determinado. Seu empenho e determinação o fizeram tenente da artilharia do exército francês aos 19 anos. A Revolução Francesa (de 1789 a 1799), foi a oportunidade perfeita para Bonaparte alcançar seu objetivo maior. Tornou-se general aos 27 anos, saindo-se vitorioso em várias batalhas na Itália e Áustria.
2 comentários:
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Gostei de sua abordagem porém para que seu blog se torne uma fonte confiável, está faltando as referências. É muito importante saber com que teóricos Você dialogou.
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